24 de outubro de 2010

Crentes, Evangélicos e Protestantes

Discutir religião gera sempre conversas inacabáveis, normalmente quando pessoas de religiões diferentes conversam sobre o assunto, fazem com o intuito de convencer o outro e não de apenas apresentar uma fé ou ideologia. Não vou tratar aqui de religiões. Quero apenas refletir sobre alguns dos títulos dados aos cristãos.


Crentes

Há um dito popular que diz: “Crente, todo mundo é”. Se eu creio em algo, independente o que seja, já posso me considerar um crente. E um ateu seria crente? Sim ele é. Um ateu que não acredita em Deus mas acredita na própria existência, por exemplo, pode se considerar crente. Uma espírita é crente? Sim, ela é. O fato de acreditar em reencarnação, em comunicação com os mortos é uma crença. Crente é todo aquele que crê em algo. Sou crente por crer em Deus, na Trindade Santa, na Palavra de Deus, enfim, sigo um linha de crença.

Evangélicos

“Os evangélicos estão crescendo no Brasil; Candidato político evangélico; Música evangélica”. Essas e diversas outras expressões escutamos diariamente. Alguém que mudou certos hábitos chega e diz ao amigo: agora sou evangélico, pois me converti. A palavra evangélico deriva de uma palavra grega que significa Boas Novas. Quando encontramos em nossa Bíblia a expressão “Evangelho de Jesus segundo Mateus”, nada mais é do que as boas novas de Jesus descrito pelo apóstolo Mateus. Qualquer pessoa que segue um evangelho pode se considerar evangélica e há muitos evangelhos por aí, preste atenção ao que está ouvindo! Sou evangélico pelo fato de ter nas boas novas de Jesus e em todo o livro sagrado base para minha vida e alimento para minha fé.

Protestantes

Eis um título que considero no mínimo interessante. Quem seria o protestante? A primeira resposta é alguém que protesta por algo. É isso mesmo! Essa é a ideia, o protestante cristão tem que ser alguém que proteste contra o sistema pecaminoso conhecido na Palavra de Deus como “mundo” ou “século”. Então será que nossa postura deve ser sair por aí em passeatas, caras-pintadas, gritando para todo mundo ouvir o nosso protesto? Não é bem assim. Na Palavra temos diversos exemplos de servos de Deus que protestaram contra o pecado sem fazer barulho, mas se necessário for fazer um movimento, que seja pacífico e com propósitos firmados nas Escrituras.

Dessa maneira o povo de Deus pode sim se considerar Crentes e Evangélicos. Agora, se as vidas estão em conformidade com o mundo não adianta se dizer protestantes. Os profetas do Antigo Testamento eram protestantes, os missionários do Novo Testamento foram protestantes. E nós, temos protestado a favor do Reino de Deus?

ROGO-VOS, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.(Romanos 12.1,2)

Soli Deo Gloria

2 comentários:

Vanessa Tavares disse...

É isso aí, Léo! Cristianismo sem capas é outra realidade.
Gostei muito deste texto seu. Às vezes usamos estas três definições sem prestar atenção no que significam.
Que Deus te abençoe!

Leonardo Cristovão disse...

Mais importante do que os títulos socialmente inseridos e estigmatizados numa categoria religiosa, importa distanciarmos das pré-definições e procurarmos viver a essência dos mesmos , recusarmos qualquer caracterização daquilo que não seja a verdade revelada em Cristo nas escrituras... Bom texto Leo ... Deus te abençoe (Erickson Ferreira Costa, amigo mais chegado que irmão)

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