9 de setembro de 2010

Queimando livros

Fiquei sem palavras ao receber pelo jornal televisivo a notícia de que um pastor americano anunciou a queima de exemplares do Corão, o livro sagrado do Islã. Ao acompanhar as notícias que seguem, notei um aumento significativo de reportagens alusivas ao islamismo. O pastor endoida, anuncia que vai queimar um livro sagrado de uma outra religião, que só tem crescido no mundo e com seguidores ultra-radicais, os Chiitas.

Logo me veio à mente imagens cinematografadas do regime nazista que matou milhares de judeus entre os anos de 1933 a 1945. Onde os militares nazistas queimavam em praças públicas centenas de milhares de exemplares do livro sagrado judeu conhecido como Torá. Os judeus acabaram? Ou perderam sua fé? Claro que não! Isso reforçou a fé judaica e os perseguidos não mudavam suas opiniões mesmo que isso levasse a morte.

Esse pastor americano está é provocando os muçulmanos com uma violência sem precedentes o que pode até causar algum tipo de retaliação, divulgando o Islã pelo mundo e espalhando uma ideia anti-bíblica de que o cristão é violento e preconceituoso.

Jesus percorreu diversas cidades, povoados e vilarejos. Lá encontrou e se relacionou com diferentes pessoas que carregavam seus costumes, culturas e religiosidade. O único momento em que Jesus foi enérgico está registrado em João 2. 14 – 16:

 “E achou no templo os que vendiam bois, e ovelhas, e pombos, e os cambiadores assentados. E tendo feito um azorrague de cordéis, lançou todos fora do templo, também os bois e ovelhas; e espalhou o dinheiro dos cambiadores, e derribou as mesas; E disse aos que vendiam pombos: Tirai daqui estes, e não façais da casa de meu Pai casa de venda”.

Aqui Jesus não permite que façam do templo, casa de oração, um comércio. Mas em nenhum momento temos relato de Jesus atacando violentamente seguidores de qualquer que seja a religião. Quando o nosso Senhor ensina que devemos amar o próximo como a nós mesmos, inclui qualquer pessoa. Ele não manda amar apenas os irmãos na fé, mas a cada um com amor próprio, um igual cuidado que temos com a nossa vida.

“Isto vos mando: Que vos ameis uns aos outros”. (João 15.17)

Precisamos rever nossas ideias a cerca da fé e reensiná-las a muitos homens e mulheres que se perderam no caminho.

Toda a amargura, e ira, e cólera, e gritaria, e blasfêmia e toda a malícia sejam tiradas dentre vós, antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo. SEDE, pois, imitadores de Deus, como filhos amados; E andai em amor, como também Cristo vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave.
(Efésios 4.31,32; 5.1,2)

Soli Deo Gloria

2 comentários:

Bárbara disse...

O ponto de partida de uma visão religiosa (e educativa) a sociedade pluralista a qual viveciamos deve ser tomada por princípios de dignidade, tolerância, igualdade e acima de tudo respeito para com todos. Muito me admira essa postura totalmente incoerente de uma pessoa que compartilha valores cristãos.Atualmente somos tomados por uma cegueira coletiva, a qual nos permite exclusivamente nos voltarmos para aquilo que acreditamos ser verdade absoluta e incontestável. Essa postura de exigir que as pessoas sejam iguais a nós muito me encomoda. Temos uma tendência natural a nos aproximarmos exclusivamente daqueles que nos é semelhante, entretanto, o maior desafio das nossas vidas talvés seja amar o próximo como a sim mesmo.

Leonardo Cristovão disse...

Concordo plenamente Babi!!!
Deus te abençoe.

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